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A Origem do Reiki, conforme difundido no Ocidente

  • paycauai
  • 17 de abr. de 2022
  • 4 min de leitura

A origem e evolução do Reiki ainda hoje é motivo de debates. Muitas versões diferentes surgiram, alegando serem a “verdadeira história do Reiki”, mas normalmente sem provas nenhuma das afirmações que faziam.


À medida que foram surgindo novos métodos de Reiki, a história sofreu pequenas variações, a ponto de hoje ser uma confusão total.

Porém, alguns mestres se empenharam em pesquisas sérias a respeito das origens dessa técnica de forma que, dentre tantas versões, algumas são mais “confiáveis”. Aqui, será apresentada a versão divulgada por Hawayo Takata e a versão reconstituída através de pesquisas.


A origem do Reiki, conforme difundido no ocidente


O fundador do Reiki, como sistema de harmonização natural, é o Dr. Mikao Usui, sacerdote, que no final do séc XIX era reitor na universidade de Doshisha, em Kyoto – Japão.

Um de seus alunos perguntou se o Dr. Mikao Usui aceitava o conteúdo da bíblia. Após receber uma resposta afirmativa, este aluno perguntou se ele poderia explicar o porquê. Se Cristo disse que aqueles que acreditassem, em seu nome poderiam realizar ainda mais do que ele realizara, porque não víamos pessoas realizando curas milagrosas ou ressuscitando mortos? Usui não soube como responder a esta pergunta e a procura por esta resposta mudou completamente seus objetivos de vida.

Uma semente fora plantada. No dia seguinte, Dr. Usui demitiu-se do cargo de reitor da universidade e viajou para os Estados Unidos, onde permaneceu por vários anos. Aprofundou seus estudos sobre as Escrituras Sagradas, na Universidade de Chicago, na tentativa de desvendar o segredo de como Jesus e seus discípulos curavam os doentes.


Não tendo encontrado resposta, retornou ao Japão e se aprofundou na filosofia budista estudando em vários mosteiros. Encontrou apoio de um abade que também estava interessado nesta questão, entrando assim em contato com os Sutras (escrituras budistas). Estudou as tradições japonesas das escrituras budistas mas não encontrou a explicação que procurava. Decidiu aprender sânscrito para ter acesso aos textos budistas originais e às documentações que não tinham sido traduzidas. Após sete anos, finalmente encontrou o que tanto procurava! Anotações de um discípulo de Buda lhe deram a chave, os símbolos e a descrição de como este grande Mestre curava.


Embora tenha redescoberto o conhecimento, ainda não tinha o poder de cura. Havia comentado o fato com seu velho amigo abade e decidiu dirigir-se a uma montanha sagrada para meditar em busca desse poder. Na montanha sagrada, meditou durante vinte e um dias. Para ajudar na sua contagem do tempo, colocou diante de si a mesma quantidade de pedrinhas, que eram descartadas uma a uma, dia após dia.


No vigésimo primeiro dia, viu no horizonte luzes que, vindo ao seu encontro, deram formação aos símbolos que ele havia encontrado nas anotações em sânscrito. Perdeu os sentidos e, ao recobrá-los, percebeu ter entrado em contato com o poder de cura que tanto procurava.


A primeira constatação foi que, apesar de ter jejuado durante vinte e um dias, não se sentia faminto e nem esgotado. Tinha recuperado miraculosamente suas energias. A segunda foi que, ao descer da montanha para contar o ocorrido ao seu amigo abade, acabou ferindo seu dedão do pé. Impôs suas mãos sobre o ferimento e constatou, para sua surpresa, que a hemorragia e a dor cessaram instantaneamente.


Ao pé da montanha, Mikao Usui parou num pequeno albergue e pediu uma refeição. Apesar do jejum, ele comeu normalmente e nada sentiu. Esta lhe foi servida por uma menina que, pelo aspecto, percebia-se estar com muita dor de dente. Com o toque das mãos de Mikao Usui, a dor que afligia a menina desapareceu. Ao regressar ao mosteiro, Usui soube que seu amigo estava acamado, com crise de artrite. Impondo-lhe as mãos nos pontos doloridos, conseguiu aliviá-lo da dor.


O abade curado exclamou, contente: “Isto é Reiki! Energia Universal da Vida”. Durante os sete anos seguintes, Usui trabalhou curando doentes em um gueto de mendigos no Japão. Algumas das pessoas que haviam sido beneficiadas pelo toque curador de suas mãos assumiram novos papéis em suas vidas, porém outras retornaram a mendicância, não querendo novas responsabilidades. Entendeu, então, que curar o corpo é apenas uma parte do processo, e que a cura total só ocorre quando se atinge a mente, o corpo e o espírito.


Mikao Usui diante desse fato sentiu a necessidade de criar as Máximas de Vida no Sistema Reiki, que são: “No dia de hoje, não me preocuparei. Não me aborrecerei. Agradecerei minhas bênçãos e honrarei pais, mestres e amigos. Trabalharei honestamente. Demonstrarei gratidão e bondade para com tudo o que é vivo”.


Usui faleceu em 9 de março de 1926 em Fukuyama. Seus poucos discípulos passaram a difundir a técnica seletamente no Japão, fazendo com que ela só chegasse ao ocidente através de uma havaiana chamada Hawayo Takata, que se submeteu a um tratamento com Reiki devido a graves problemas de saúde. Depois de curada, ela passou alguns anos no Japão para aprender a técnica com Chujiro Hayashi, um dos discípulos diretos de Usui. Voltando para sua terra natal, passou a divulgar e ensinar o Reiki no ocidente.


Esta é a história contada pelos mestres iniciados por Takata. Porém, pesquisas recentes nos dão conta que, em alguns aspectos, esta versão foi ocidentalizada para que o Reiki pudesse ter uma maior aceitação nos Estados Unidos e na Europa no período do pós-guerra (2ª Guerra Mundial, 1939-1945).


Confira nosso Post onde temos a história reconstituída através das pesquisas mais recentes!


Lótus Branca Gakkai


Mikao Usui:

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